“O anjo, porém, lhes disse: Não temais, porquanto vos trago novas de grande alegria que o será para todo o povo” (Lc 2.10).
Há mais de 2000 anos, quando os anjos anunciaram o nascimento de
Jesus nos campos de Belém, esse acontecimento trouxe alegria. Alegria em
diversos sentidos: alegria pela salvação do poço da desesperança.
Alegria pela saída da prisão do pecado. Alegria pela libertação da
escravidão e das amarras. Alegria por escapar da escuridão da incerteza.
Alegria porque depois do tempo de medo chegara a segurança. Alegria
pela proteção garantida. Sim, também alegria pela comunhão renovada e
alegria por poder retornar a Deus.
O anjo procurou expressar toda essa
alegria ao dizer: “Porquanto vos trago novas de grande alegria que o será para todo o povo!” (Lc 2.10). Essa alegria tem sua origem e conteúdo no anúncio do nascimento do menino Jesus Cristo! O Antigo Testamento já dizia: “Porque
um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o governo estará sobre os
seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai
Eterno, Príncipe da Paz” (Is 9.6).
A alegria anunciada pelo anjo não pode ser fabricada. É um
fruto do Espírito Santo, que recebemos de presente quando nascemos de
novo: “Mas o fruto do Espírito é: o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade” (Gl 5.22).
Onde ela surge, contagia, impõe-se, abre a boca para louvar e
agradecer. Ela gera contentamento, felicidade e multiplica-se na
comunhão. Ela revela-se por causa da salvação, da pessoa e da obra de
Jesus. Ela também se alegra com a natureza e a glória da criação. Aquele que dá todas as boas dádivas, Jesus
Cristo!
Nossa vida frequentemente está cheia de seriedade, tristeza e
sofrimento. A alegria – que Deus nos concede – deve ser um presente que
contribua para animar nosso espírito, trazendo encorajamento, refrigero, sustento e apoio. No Antigo Testamento
encontramos treze radicais hebraicos em setenta e duas palavras
diferentes que expressam primariamente algum aspecto da alegria ou da
participação alegre na adoração religiosa. Podemos aprender daí que o
próprio Deus deseja ser o motivo mais profundo da nossa alegria, e que
só conseguimos encontrar alegria real na adoração e no louvor à Sua
Pessoa. A maior alegria da nossa vida deve ser agradecer a Deus por
aquilo que Ele é, fez e ainda faz. Quando o fizermos, veremos que isso
nos traz a mais profunda satisfação. O salmista o expressou da seguinte
forma: “Tu me farás conhecer a vereda da vida; na tua presença há
plenitude de alegria; à tua mão direita há delícias perpetuamente” (Sl
16.11)
O Natal está relacionado com o amor de Deus, prometido pela primeira vez
séculos atrás, a um homem fiel chamado Abraão. O Senhor prometeu a Abraão muitas coisas maravilhosas, inclusive: “Em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3)

